Hoje assinala-se o Record Store Day. Há edições em vinil de Jorge Palma, David Fonseca, Maria João e Mário Laginha
Com os Metallica como embaixadores, hoje celebra-se o "Record Store Day", uma iniciativa norte-americana que se alargou a outros países, como Portugal, para promover a edição discográfica e a existência de lojas de música independente.
O dia é assinalado sobretudo com o lançamento, quase sempre em vinil, de edições discográficas especiais, raras ou de tiragens pequenas. Do grupo norte-americano Metallica sai um álbum ao vivo, "Liberté, Egalité, Fraternité, Metallica!", gravado em 2003, no Bataclan, em Paris, e as receitas revertem para as vítimas do atentado ocorrido em novembro.
Em Portugal, onde mais de uma dezena de lojas de música se associam à efeméride, destaca-se a edição de "Sumba", álbum que junta o guitarrista Tó Trips (Dead Combo) ao baterista João Doce (Wraygunn). "É um exercício livre, espontâneo, experimental e tribalista", descreve a editora Rastilho Records, que faz uma edição limitada de 333 vinis.
Record Store Day lembra vítimas de ataque ao Bataclan
Para assinalar o dia, a Universal Music edita hoje, em vinil, vários álbuns de música portuguesa, como "Só" (1991), de Jorge Palma, "Sex Symbol" (1995), dos Pop Dell'Arte, "Lobos, Raposas e Coiotes" (1999), de Maria João e Mário Laginha, e "Sing me something new" (2003), primeiro álbum a solo de David Fonseca.
A longa lista de edições internacionais que celebram o Record Store Day apresenta discos que vão do rock ao hip hop, da folk ao jazz, de David Bowie a Patti Smith, dos The Kinks a Run the Jewels, dos Ramones a Ravi Shankar, de John Coltrane a Justin Bieber.
De acordo com a Federação Internacional de Indústria Discográfica, que revelou esta semana o relatório anual sobre o mercado discográfico global, as vendas de música em formato vinil aumentaram de 2,7 milhões de euros, em 2006, para 27,8 milhões de euros, em 2015.
O "Record Store Day" foi celebrado pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2007.