O inquérito à morte da religiosa Maria Amélia Serra, ocorrida em 2004, na Fraternidade Missionária Cristo Jovem, em Requião, Famalicão, foi reaberto pelo Ministério Público, que, à época, tinha arquivado o caso após concluir que se tratara de suicídio.
Novos relatos de antigas internas da Fraternidade, entre os quais um divulgado pelo JN e a vontade de familiares formalmente manifestada à Procuradoria-Geral da República (PGR) foram fundamentais para a decisão de investigar de novo o caso.
TRÊS FREIRAS E UM PADRE ESCRAVIZAVAM NOVIÇAS
Quatro elementos da Fraternidade, que tem o estatuto de associação de fiéis, atribuído pela diocese de Braga, estão a ser investigados por suspeita da prática do crime de escravidão, denunciada há cerca de um ano por várias jovens internas. Três religiosas, que se apresentam como freiras, e o padre Joaquim Milheiros, responsável da Fraternidade, chegaram a ser detidos pela Polícia Judiciária (PJ), que fez buscas ao "convento" em novembro.