O ator António Filipe, de 55 anos, morreu, esta quinta-feira de madrugada, em Odivelas, vítima de cancro.
Jorge Silva Melo, diretor artístico da companhia de teatro Artistas Unidos, disse à agência Lusa que António Filipe estava doente há cerca de um ano, na sequência de um diagnóstico de cancro, e veio a falecer por paragem cardíaca em casa da família, em Odivelas.
O ator trabalhava desde 2002 nos Artistas Unidos, tendo-se estreado na companhia com a peça "Cada dia a cada um a liberdade e o Reino", com base em textos de autores portugueses, apresentada em 2003 na Assembleia da República, e a última em que participou intitulava-se "O Palácio do Fim", de Judith Thompson.
"Era uma pessoa muito especial, dedicado e companheiro. Era um híper dotado", comentou Jorge Silva Melo sobre o ator.
De acordo com o diretor artístico, o corpo de António Filipe estará esta quinta-feira ao fim da tarde em câmara ardente na Igreja de Odivelas, e na sexta-feira será realizada uma missa, seguindo o funeral para o Cemitério de Camarate, onde será cremado.
Nascido em Moçambique, António Filipe, que trabalhou em teatro e televisão, estreou-se como ator de teatro em 1980, e segundo as notas biográficas do sítio online da companhia Artistas Unidos, trabalhou em companhias como o Teatro Aberto, o Teatro Ibérico, o Teatro do Século, e o Teatroesfera.
Trabalhou com encenadores como Fernando Gomes, João Lourenço, Rogério de Carvalho, Inês Câmara Pestana, Luís Assis, Xosé B. Gil, José Carretas, Graça Corrêa, Miguel Loureiro.