Elementos da PSP à civil, quer da investigação criminal, quer da patrulha, mas sem farda, vão vigiar este domingo de perto as cerimónias fúnebres de Viviane, em Rio de Mouro, Sintra, soube o JN junto de fontes policiais.
Viviane, de 19 meses, foi levada com a irmã, Samira, de quatro anos, para as águas do Tejo, em Caxias, pela mãe, Sónia Lima. Viviane morreu afogada, Samira ainda está desaparecida.
Mãe atuou com "especial perversidade" no caso das crianças de Caxias
O corpo de Viviane saiu cerca das 14 horas de sábado do Instituto de Medicina Legal, em Lisboa, para ser preparado para as cerimónias fúnebre de hoje, em Rio de Mouro.
A segurança nessas cerimónias fúnebres foi confirmada, ao JN, pelo intendente Hugo Palma, relações-públicas da Direção Nacional da PSP, que no entanto se escusou a dar muitos pormenores. "Estaremos lá, confirmo, com o dispositivo necessário, mas de forma não ostensiva. Mas estaremos preparados para acorrer a algum incidente", adiantou sem esclarecer o dispositivo policial que estará no terreno.
O JN sabe, no entanto, que haverá elementos à civil mesmo nas imediações do velório, enquanto outros ficarão de vigilância, em viatura e a pé. De reserva, mas fora dos olhares de quem participa nas cerimónias fúnebres, ficará uma força policial fardada e equipada, mas suficientemente perto para intervir em caso de necessidade.
O tipo de dispositivo escolhido pela PSP parte do princípio de que a presença de elementos fardados pode agravar mais o ambiente de tensão já de si existente. A presença da comunicação social, previsivelmente forte, é outro elemento que foi ponderado pela PSP. E as medidas foram tomadas depois de uma avaliação dos conflitos gerados nas redes sociais, com a opinião pública totalmente dividida em relação à responsabilidade sobre a morte das duas meninas.
Há mesmo ameaças de morte contra o pai das crianças, Nélson Ramos, o que conduziu, através do advogado Rui Aparício, ao pedido junto da Procuradoria-Geral da República de proteção policial para o visado. O intendente Hugo Palma diz haver conhecimento do pedido de proteção, mas garante que, até ontem à tarde, não tinha sido comunicada à PSP qualquer decisão, uma vez que, a ser decidida, a proteção passa sempre por esta força policial.