Português coordena descoberta revolucionária para transfusões de sangue
Indução da formação de células estaminais de sangue poderá acabar com a necessidade de encontrar dadores compatíveis para fazer transfusões.
A preocupação em arranjar dadores compatíveis para transfusões de sangue poderá ter os dias contados.
Um investigador português coordenou um estudo que prova ser possível induzir a formação de células de sangue a partir de células de pele.
Filipe Pereira faz parte de uma equipa de investigação americana, que divulgou recentemente esta descoberta.
Uma solução até agora testada em ratinhos que poderá facilitar o processo de transfusão de sangue: “Pela primeira vez conseguimos induzir a formação de células estaminais de sangue. A perspectiva que nos traz é de podermos usar esses factores para programar células da pele para pacientes que precisem de transfusões sanguíneas. Dá-nos a perspectiva de poder eliminar a necessidade de procurar dadores compatíveis.”
Há mais de 20 anos que estudiosos da área tentam encontrar uma resposta com aplicação prática.
Já estão a ser feitos testes em células humanas, com bons resultados, como revela este português à Renascença: “O nosso estudo foi todo feito em ratinhos. Estamos neste momento a transferir a tecnologia para células humanas, com resultados muito promissores”.
Filipe Pereira, investigador português numa universidade de medicina americana, dá conta de uma nova solução que poderá agilizar o processo de transfusão de sangue em pacientes.