A ministra da Defesa Nacional visitou, este sábado, a feira Qualifica, na Exponor, Leça da Palmeira, Matosinhos, para demonstrar a importância que a tutela atribui "a esta dimensão das qualificações e da divulgação das profissões da defesa nacional".
"São mais de 130 profissões que oferecem aos jovens uma valorização profissional para o seu futuro. É importante divulgar e comunicar bem estas grandes oportunidades que estamos a oferecer e o trabalho que está a ser feito de alinhamento da formação e qualificações da defesa nacional, nos vários ramos, com o sistema nacional de qualificações", considerou Helena Carreiras.
A feira Qualifica, que se dedica ao debate sobre Educação, Formação, Juventude e Emprego e teve como tema "Create the Future", contou, nos quatro dias do evento, que hoje terminou, com a presença dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas.
"É uma das medidas do nosso plano de ação para a profissionalização do serviço militar e temos uma estratégia, a ser agora desenvolvida, para completar esse trabalho que já vem de trás, para garantir que os jovens que vêm para Forças Armadas recebem uma formação que é certificada, com a qual podem depois, no mercado de trabalho, encontrar uma inserção mais fácil", disse a ministra.
De acordo com Helena Carreira "este [Qualifica] é o lugar onde se faz este trabalho e muito bem" e onde é apresentada "essa variedade de oportunidades profissionais que as Forças Armadas oferecem".
"Temos um desafio de recrutamento mas, sobretudo, de retenção. Estamos a lidar com esse desafio exatamente com este plano de ação para a profissionalização do serviço militar", sustentou.
Este plano de ação, segundo explicou, tem três eixos: o eixo de recrutamento, um conjunto de medidas para reforçar o interesse dos jovens pelo serviço militar e um conjunto de incentivos que têm que conhecer na perspetiva de depois poderem transitar para o mercado de trabalho.
"Depois temos o eixo da retenção, melhorando todas as condições do serviço militar, designadamente esta da qualificação, mas também as condições do próprio serviço, as condições de habitabilidade, as condições que têm a ver com o fardamento e a possibilidade de durante o serviço militar poderem estudar. Enfim, uma variedade de estímulos que nos vai permitir, esperamos, reter melhor estas pessoas", referiu.
O terceiro eixo, o da transição, "exige ligações com as várias instituições, com as quais temos protocolos, que temos de reforçar no sentido de cooperar mais e melhor com essas outras instituições da sociedade, que são parceiros naturais das forças armadas, porque estamos todos a servir os mesmos interesses, que são o interesse do país e dos jovens".
A Qualifica contou com mais de 140 expositores que representaram uma "montra" do panorama atual a todos os visitantes - jovens, professores e familiares -, para que levassem desta experiência novas visões e perspetivas.