A percentagem de trabalhadores sindicalizados voltou a baixar em 2021, depois da recuperação registada em 2020, em que começava a inverter-se a queda de uma década. Segundo o boletim estatístico de fevereiro do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP), do Ministério do Trabalho, publicado esta terça-feira à tarde, a taxa caiu para 7,4% em 2021 (último ano em análise), face aos 7,6% do ano anterior, confirmando que a adesão aos sindicatos é residual. A percentagem de empresas com sindicalizados continuou nos 4,1%.
No segundo ano da pandemia, os trabalhadores sindicalizados pesaram ainda menos no universo laboral. No boletim estatístico de janeiro, segundo o JN noticiou no início deste mês, representavam apenas 7,6% em 2020, quando se inverteu a redução significativa da última década na taxa de sindicalização que, em 2010, era de 10,6%. Os sindicatos garantem, porém, que nos últimos dois anos conseguiram contrariar a perda de sindicalizados, desde logo na Educação e na Saúde.
RELACIONADOS
Sindicato. Adesão aos sindicatos é residual após queda de uma década
O boletim estatístico de janeiro indicou que a taxa de sindicalização, no universo dos trabalhadores por conta de outrem, subiu em 2020 de 7,2% para 7,6%. E apresentou também uma taxa muito baixa de empresas com trabalhadores sindicalizados, com os dados a apontar para 4,1%, uma percentagem que continuou igual em 2021.
Na percentagem de empresas com sindicalizados, as maiores, com mais de 250 pessoas, continuaram a liderar, mas a taxa passou de 71,1% para 69,4%.
As atividades financeiras e de seguros continuam a ser aquelas em que os funcionários mais procuram representação na defesa dos seus direitos, sendo a taxa de sindicalização neste setor superior a 50%, o que se verificou em 2020 e se manteve em 2021.