A situação está a "complicar-se" no terreno contra as tropas russas na Ucrânia, que voltou a ser alvo de intensos bombardeamentos, reconheceu este sábado o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
"Durante os 346 dias desta guerra, muitas vezes eu disse que a situação na linha de frente é difícil. E a situação está a ficar mais complicada", disse Zelensky na sua mensagem diária.
"Agora estamos em tal momento novamente. Um momento em que o ocupante está a mobilizar as suas forças cada vez mais para quebrar a nossa defesa. Está muito difícil agora em Bakhmut, Vougledar, Lyman e noutras regiões", acrescentou o chefe de Estado ucraniano.
"O inimigo está a reagrupar-se em certas áreas. Está a concentrar os seus principais esforços na condução de operações ofensivas nas direções de Kupyansk, Lyman, Bakhmut, Avdiivka e Novopavlivka", alertou o Ministério da Defesa ucraniano pouco antes.
Na região de Donetsk, um "massivo" fogo de artilharia atingiu Avdiivka na manhã de hoje, na linha de frente oriental, depois de Kramatorsk, outra cidade muito cobiçada pelos russos, ter sido atingida durante a noite por mísseis, informaram as autoridades ucranianas.
Nas últimas 24 horas, só na província meridional de Zaporijia, as bombas caíram sobre "infraestruturas civis" localizadas nos territórios de 26 localidades, segundo as mesmas fontes.
Os ataques também continuaram em Kherson, uma grande cidade do sul tomada e depois abandonada pelos russos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).