A greve nos portos marítimos pode ter impactos "muito graves" nas cadeias de abastecimento de matérias-primas e produtos em Portugal, alertam os empresários. O setor da distribuição garante que, para já, não escasseia comida nas prateleiras, embora já haja falhas pontuais de produtos em supermercados.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), frisa que já recebeu contactos de associados "muito preocupados". Os do setor agroalimentar receiam "deixar de poder fornecer as cadeias de distribuição, se a situação não for resolvida com alguma celeridade". Outros setores, "que importam muita matéria-prima, como a metalomecânica, estão já a sentir" o problema, lembrando que a greve nos portos surge após uma grande "pressão" criada nas cadeias de abastecimento pela pandemia de covid-19 e pela guerra na Ucrânia.
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O líder dos empresários alerta para os riscos da situação se arrastar, já que o "sindicato tem várias datas de pré-agendamento de greve até ao dia 30" e "os interlocutores do Governo que estavam a negociar saíram".