O líder do PSD insiste nas críticas à atuação do diretor da Polícia Judiciária (PJ) após a detenção de João Rendeiro. Rui Rio sublinha que quem deteve o ex-banqueiro foi a polícia sul-africana e que Luís Neves aproveitou para "fazer um foguetório" que "beneficiou indiretamente o PS".
Em entrevista à RTP, esta terça-feira, Rio explicou a "ironia" contida no seu 'tweet' de domingo, em que escreveu que "o azar de João Rendeiro foi haver eleições em janeiro".
"A ironia e crítica que se faz é ao diretor da PJ, que é um cargo de nomeação do Governo. Aproveitou a detenção da polícia sul-africana para fazer um foguetório e conseguir com isto beneficiar indiretamente o PS", defendeu Rio.
O presidente social-democrata disse estar seguro de que "a opinião pública sabe" que a sua crítica foi motivada pelo facto de Luís Neves "ter feito uma festa de uma coisa que tem alguma normalidade". E reforçou: "Quando o dr. Rendeiro fugiu, ele também andou a correr as televisões?".
O comentário feito por Rio no domingo motivou algumas críticas. Entre elas a do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que sublinhou que há que "ter noção" do que é a investigação judicial.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, recomendou mais "sentido de Estado" ao líder laranja.