O número de casos acompanhados pelas Comissões de Proteção de Menores tem-se mantido mas as situações são "mais complexas", adiantou Maria do Rosário Farmhouse, presidente da Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens.
Maria do Rosário Farmhouse participou esta segunda-feira na "Operação STOP aos maus tratos" realizada por alunos do primeiro ciclo de Famalicão, no âmbito da prevenção aos maus tratos infantis. Em declarações aos jornalistas, a responsável adiantou que os números se têm mantido, ressalvando que "cada caso é diferente".
"São sempre muito desafiantes e muito complexos, porque os tempos também o são. Temos outros perigos, outros comportamentos que podem trazer perigos, que não são fáceis de controlar. Ser família hoje é muito difícil, e é preciso apostar na promoção da parentalidade positiva dando ferramentas às famílias", afirmou.
De resto, Maria do Rosário Farmhouse adiantou que Famalicão, onde decorreu a iniciativa, é um dos "exemplos de boas práticas" na prevenção porque "tem feito um trabalho exemplar, e destacou "capacidade de congregar a comissão alargada".
A "Operação Stop aos maus tratos" envolveu mais de 500 crianças de três dezenas de escolas do primeiro ciclo do concelho, que, juntamente com as forças de segurança, têm alertado os automobilistas para a problemática dos maus tratos na infância.
Também o presidente da Câmara de Famalicão, Paulo Cunha, participou esta segunda-feira na ação, e considerou que é nas escolas que a "sensibilização" para os maus tratos "deve acontecer cada vez mais". Para o autarca, a sensibilização para o problema é "uma tarefa que nunca está concluída".