A Comissão de Proteção às Vítimas de Crimes (CPVC) recebeu, em 2017, 18 pedidos de adiantamento de indemnização de filhos de vítimas de crimes de homicídio, todos menores de idade.
Onze tinham menos de 14 anos de idade e sete entre 15 e 17 anos. A esmagadora maioria, conforme revela ao JN o presidente daquela Comissão, Carlos Anjos, são órfãos da violência doméstica: viram a mãe morta pelo pai e este preso pelo crime cometido. Foram todos concedidos.
De acordo com o relatório de atividades de 2017 da CPVC, "grande parte destes menores" chegam "numa situação de extrema fragilidade pois, na maioria dos casos, depois de terem visto a mãe perder a vida, por ter sido assassinada pelo companheiro, viram ainda o pai ou o padrasto ser detido e, muitas vezes, condenado a uma pesada pena de prisão".