As ligações com destino a Sintra, Cascais e Setúbal estão a fazer-se a 100%, apesar da greve de 24 horas no setor ferroviário, segundo a Infraestruturas de Portugal.
Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) adianta que "relativamente aos comboios urbanos de Lisboa, estão a ser asseguradas 100% das circulações para as ligações com destino a Sintra, Meleças, Castanheira e Cascais, assim como entre o Barreiro e Praias do Sado".
"Estão também asseguradas a 100%, as circulações das ligações a Setúbal e Coina e garantidas cerca de 25% das ligações de Sintra com destino Alverca e Oriente", é referido.
Na nota, a IP indica também que no Porto estão ser garantidos todos os comboios urbanos com destino a Braga, Guimarães, Penafiel e Caíde.
Estão também garantidas, segundo a IP, todos os comboios de mercadorias incluídos nos serviços mínimos de segurança.
De acordo com a IP, "está a ser assegurada a atividade do centro de controlo de tráfego, que promove todas as informações associadas ao tráfego rodoviário e a atividade das unidades móveis, que patrulham diariamente as estradas e prestam assistência aos automobilistas".
As greves de 24 horas dos trabalhadores ferroviários, que se iniciaram às 00.00 horas, estão a afetar a circulação de comboios em todo o país, não havendo serviços mínimos ou transportes alternativos.
O protesto de trabalhadores da CP-Comboios de Portugal, Infraestruturas de Portugal (IP) e Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) visa reivindicar a aplicação dos acordos assinados com o Governo e administrações das empresas.
A porta-voz da CP, Ana Portela, adiantou à agência Lusa que entre as 00.00 horas e as 08 horas estavam previstos 119 comboios em Lisboa, mas realizaram-se apenas 58.
"No Porto, estavam previstos 50 e realizaram-se 21 até às 08 horas. Nos totais gerais do país, estavam previstos 257 e foram feitos apenas 89, ou seja, os urbanos de Lisboa e Porto", disse.
Também José Manuel Oliveira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS) disse à Lusa que a greve dos trabalhadores ferroviários "está a ter uma forte adesão", havendo muitos comboios suprimidos.
"Ainda é cedo para ter dados concretos uma vez que ainda há trabalhadores a entrar ao serviço, mas acreditamos que será uma grande adesão", disse.
No que diz respeito à circulação, José Manuel Oliveira destacou que os comboios de longo curso e regionais foram suprimidos e que apenas se realizaram alguns urbanos.