O CDS-PP indicou, terça-feira, para coordenador da comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos o deputado Telmo Correia, informou o partido.
O CDS indicou ainda os parlamentares António Carlos Monteiro e Álvaro Castelo Branco como membros efetivos desta comissão de inquérito proposta pelos centristas.
A comissão parlamentar de inquérito ao furto de armas em Tancos vai tomar posse na próxima semana, dia 14, às 17:00, informou hoje a conferência de líderes.
Os partidos têm de indicar até às 18:00 de sexta-feira, dia 09, os deputados que integrarão esta Comissão, aprovada com votos favoráveis dos proponentes (CDS), do PSD, do PS, do BE e do PAN e que teve a abstenção do PCP e do PEV.
O PSD também já entregou a lista dos parlamentares que integrarão este inquérito, com destaque para a ex-líder do PSD/Açores Berta Cabral, que será a coordenadora, e o ex-secretário-geral do partido José Matos Rosa entre os efetivos.
Também já se sabe que a comissão será presidida pelo deputado do PS Filipe Neto Brandão.
Além de Berta Cabral e de Matos Rosa, o PSD indicou ainda como efetivos os deputados Rui Silva, Carla Barros, Fátima Ramos, Bruno Vitorino e Joana Barata Lopes e, como suplentes, Carlos Peixoto, Pedro Roque e Leonel Costa.
Segundo o regime jurídico das comissões de inquérito, "compete ao presidente da Assembleia da República, ouvida a conferência dos representantes dos grupos parlamentares, fixar o número de membros da comissão", que podem ter, no máximo, 17 deputados.
A lei fixa em 180 dias o prazo para a conclusão de um inquérito parlamentar, podendo, porém, ser decidido o prolongamento do mandato por mais 90 dias.
Durante o período de debate do Orçamento do Estado, agora em curso, até final de novembro, é suspenso o trabalho das comissões parlamentares, à exceção das comissões eventuais e de inquérito, segundo uma resolução aprovada em outubro.
O furto do armamento dos paióis de Tancos foi noticiado em 29 de junho de 2017, e, quatro meses depois, foi recuperada parte das armas.
Em setembro, a investigação do Ministério Público à recuperação do material furtado, designada Operação Húbris, levou à detenção para interrogatório de militares da Polícia Judiciária Militar e da GNR.
Na mesma altura, foi noticiada uma operação de encenação e encobrimento na operação, alegadamente organizada por elementos da Polícia Judiciária Militar, que dela terão dado conhecimento ao chefe de gabinete do ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
Entretanto, Azeredo Lopes demitiu-se e foi substituído por João Gomes Cravinho.
Há duas semanas, o então Chefe do Estado-Maior do Exército, general Rovisco Duarte, também se demitiu, tendo sido já substituído pelo general José Nunes da Fonseca.