O coronel Diamantino Gertrudes da Silva morreu, esta quarta-feira, aos 75 anos, informou a Associação 25 de Abril, destacando a atividade que desenvolveu no movimento dos capitães e nas operações militares da revolução de 1974.
Num comunicado assinado pelo presidente da Associação 25 de Abril, o coronel Vasco Lourenço escreve que Diamantino Gertrudes da Silva foi um "militar de Abril de todas as horas".
Vasco Lourenço lembra que "foi o mais antigo dos quatro capitães que em Viseu, no RI14, desenvolveram grande atividade no Movimento dos Capitães", atividade que "alargaram a toda a zona centro, como dinamizadores da conspiração".
"As suas militâncias envolveram então oficiais de Lamego, Guarda, Coimbra, Aveiro, para só referir as mais significativas", acrescenta Vasco Lourenço.
Nas operações militares do 25 de Abril, Gertrudes da Silva comandou a companhia que saiu de Viseu, juntamente com as forças oriundas de Aveiro e Figueira da Foz, tendo um "papel determinante em Peniche", onde controlou o Forte, que então era uma prisão com presos políticos.
Além do seu papel na revolução de 1974, que derrubou a ditadura, Gertrudes da Silva escreveu vários livros.
Também José Eduardo Ferreira, presidente da Câmara de Moimenta da Beira, concelho de onde Gertrudes da Silva era natural, já endereçou condolências à família referindo em comunicado a "grandeza e nobreza de vida e de espírito" do coronel.
A Associação 25 de Abril informa ainda que o velório será esta quarta-feira na Igreja Nova, em Viseu, e o funeral realiza-se às 16 horas no cemitério de Vila Nova de Paiva.