Rosa Grilo e o suposto amante, António Félix Joaquim, mataram o triatleta na cama, no quarto da habitação da família.
Foi nesse local que a Polícia Judiciária (PJ) recolheu, aquando das buscas e detenção do casal, na quarta-feira, vestígios de sangue da vítima.
Soube-se este sábado que os suspeitos vão aguardar julgamento em prisão preventiva. Rosa Grilo ficará durante, pelo menos, 15 dias, numa cela individual, no Estabelecimento Prisional de Tires, avançou, entretanto, site "Cascais 24".
A prova recolhida pela PJ e pelos elementos do Laboratório de Perícia Científica (LPC) permitiu estabelecer que o atleta e engenheiro informático, de 50 anos, foi assassinado no quarto. Pelo que o JN apurou, muito provavelmente, estaria até deitado na cama quando foi baleado, a sangue-frio, depois de ter sido agredido. A violência deixou, no entanto, vestígios de sangue numa parede, detetados pela PJ, apesar de os cúmplices terem tentado fazer uma limpeza profunda das marcas.
Perícias Balísticas
Os elementos presentes na bala alojada no crânio da vítima, encontrada no final de agosto, a 130 quilómetros de casa, foram alvo de perícia e permitiram estabelecer uma relação com a pistola do funcionário judicial, António Félix Joaquim.
No mesmo cenário da localidade de Avis, no distrito de Portalegre, onde Luís Grilo foi encontrado nu e com um saco a tapar-lhe a cabeça, os investigadores encontraram ADN da mulher, deixando sem margem para dúvidas a sua participação no crime.
Premeditação
A PJ acredita que Rosa Grilo e o amante, de 42 anos, premeditaram o crime ao pormenor. Na véspera, a mulher tinha levado o filho do casal para casa dos avós, ficando livre para assassinar o marido. Terão, ainda, pensado simular um treino, deixando o telemóvel da vítima numa zona frequentada por atletas para iludir as autoridades e fazê-las acreditar que Luís Grilo desaparecera a cerca de seis quilómetros de casa.
O objetivo terá sido receber um seguro de vida que permitiria ao casal sair da relação de clandestinidade e ter uma vida desafogada.