A atual procuradora-geral-adjunta da República, Lucília Gago, de 62 anos, é a escolha do Governo, subscrita pelo presidente da República, para suceder a Joana Marques Vidal.
A notícia da escolha do novo nome para a Procuradoria Geral da República (PGR) foi divulgada, esta quinta-feira à noite, no site da Presidência da República, com uma nota de Marcelo Rebelo de Sousa, revelando que terá efeitos a partir de 12 de outubro de 2018.
O presidente aponta duas razões para a decisão de acolher a substituição da atual procuradora, cujo nome lhe foi proposto pelo primeiro-ministro António Costa.
Por um lado, Marcelo lembra que "sempre defendeu a limitação de mandatos, em homenagem à vitalidade da Democracia, à afirmação da credibilidade das Instituições e à renovação de pessoas e estilos, ao serviço dos mesmos valores e princípios".
Em segundo lugar, o presidente diz que "considera que a Senhora Dra. Lucília Gago garante, pela sua pertença ao Ministério Público, pela sua carreira e pela sua atual integração na Procuradoria-Geral da República - isto é, no centro da magistratura - a continuidade da linha de salvaguarda do Estado de Direito Democrático, do combate à corrupção e da defesa da Justiça igual para todos, sem condescendências ou favoritismos para com ninguém, tão dedicada e inteligentemente prosseguida pela Senhora Dra. Joana Marques Vidal".
Lucílio Gago foi Diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa entre 2016 e 2017, e está desde essa data a exercer funções na PGR onde criou e desenvolveu um gabinete de âmbito nacional de coordenação dos magistrados do MP na área da família, da criança e dos jovens. Atualmente coordena este gabinete.
A área das crianças e dos jovens é há muitos anos acompanhada por si e está desde 2009 na Comissão Nacional de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, por indicação da PGR.