A professora do Montijo dada como desaparecida foi encontrada morta, na quinta-feira à noite. A filha, que deu o alerta, e o marido confessaram o crime e ficaram em prisão preventiva.
O corpo de Amélia Fialho, uma professora do Montijo dada como desaparecida pela filha, foi encontrado completamente carbonizado na quinta-feira à noite, na zona de Pegões, em Setúbal. O corpo foi encontrado por casualidade, no terreno que ardeu na sequência do crime.
Segundo apurou o JN, junto da investigação, a filha e o genro da vítima foram detidos cerca das 2 horas da madrugada desta sexta-feira. Confrontados com as provas, os suspeitos terão confessado a autoria do crime à Polícia Judiciária.
Terão reconhecido que drogaram Amélia e que lhe bateram com um martelo na cabeça. Depois meteram a vítima na mala do carro e levaram-na para um sítio ermo. Pararam pelo caminho, numa estação de serviço, para comprar o isqueiro usado para atear fogo ao corpo de Amélia.
"A investigação teve início numa participação do suposto desaparecimento de uma mulher, com 59 anos de idade, no passado dia 1 do corrente, elaborada pela PSP do Montijo, na sequência de uma comunicação da filha", explicou a PJ.
A filha da vítima, identificada como Diana, de 23 anos, tinha feito um apelo nas redes sociais a pedir ajuda para encontrar a mãe, alegando que esta teria saído de casa no sábado, à hora de jantar, não mais sendo vista. O desaparecimento foi comunicado à PSP na segunda-feira, dia 3.
"Diligências realizadas por esta Polícia, desde a passada quarta-feira, permitiram indiciar que, na realidade, os ora detidos, filha e genro da pessoa desaparecida, que com ela coabitavam, na sequência de inúmeras desavenças, delinearam um plano, executado conjuntamente, para lhe tirar a vida", esclarece a Polícia Judiciária, em comunicado.
"Assim, no passado dia 1 do corrente, pela hora do jantar, usando fármacos, colocaram-na na impossibilidade de resistir, agrediram-na violentamente no crânio com um objeto contundente, colocaram-na na bagageira de uma viatura", adianta a PJ, explicando que o crime terá ocorrido na sequência de desavenças familiares recorrentes com a vítima.