A crise provocada pelas novas medidas de segurança israelitas na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, tem de estar resolvida até sexta-feira, declarou o emissário das Nações Unidas para o Médio Oriente, Nickolay Mladenov.
"É muito importante que seja encontrada uma solução para a crise até sexta-feira, porque os riscos da escalada da tensão vão aumentar quando se entrar noutro ciclo de oração", declarou o responsável aos jornalistas, nas Nações Unidas, depois de ter informado o Conselho de Segurança da situação.
ISRAEL FECHA A ESPLANADA DAS MESQUITAS APÓS ATAQUE COM CINCO MORTOS
As declarações do emissário da ONU surgem oito dias depois das forças israelitas terem reforçado as medidas de segurança na Esplanada das Mesquitas, na cidade velha de Jerusalém (Jerusalém Oriental, zona ocupada e anexada por Israel), nomeadamente a instalação de detetores de metais nas zonas de acesso ao local.
As medidas foram impostas após um ataque ocorrido naquela zona que resultou na morte de dois polícias israelitas e de três atacantes (árabes israelitas), abatidos pelas autoridades.
O reforço das medidas de segurança, que também incluíram a proibição de entrada aos palestinianos com menos de 50 anos, desencadeou protestos diários, que degeneram em violência.
Mladenov explicou que pressionou os membros do Conselho de Segurança a usar a sua influência sobre Israel e os palestinianos, a fim de amenizarem a situação e permitirem o acesso aos fiéis.