Ter a oportunidade de entrar na água com um tubarão branco foi um sonho tornado realidade. Homem de piscinas, diz que a temperatura geladas ao largo da Cidade do Cabo, na África do Sul, onde a ação se realizou, foi mais complicado de lidar do que enfrentar o predador dos mares. Valeram-lhes as aulas onde aprendeu como se manter calmo, o que fazer e, essencialmente, o que não fazer. O resultado pode ser visto a partir das 21.00 deste domingo, dia 23, e no próximo dia 30, no Discovery, inserido na famosa Shark Week que o canal emite anualmente.
“Sou daquelas pessoas que não gosta, definitivamente, de águas frias”, contou o medalhista olímpico à N-TV. Ainda assim, quando foi convidado para nadar ao lado de um tubarão branco e a testar a velocidade que ambos conseguem atingir, não hesitou. Ver como este animal se comporta no seu habitat, estar frente a frente com ele, entender que “um tubarão não quer matar”, mas que apenas “faz o que for preciso para sobreviver dia após dia”, foi uma experiência que jamais esquecerá.
Essa experiência, que durou duas semanas, pode ser acompanhada na Shark Week do canal Discovery. “Escola de Tubarões com Michael Phelps” estreia-se este domingo, dia 23, às 21.00, e “Phelps Vs Shark” vai para o ar a 30 de julho, à mesma hora.
A preparação foi “mais mental” do que física, assegura, até porque Michael Phelps pode ter-se retirado das competições, mas nunca deixou de nadar. “Deve ser um dos maiores nerds de sempre no que toca a tubarões”, ri-se. “Fascina-me o facto de o nosso planeta estar 70 por cento coberto de água e nós não sabermos bem exatamente o que existe lá em baixo. Fascina-me mais do que qualquer outra coisa. (…) Por isso, espero que isto tenha sido apenas o início da minha experiência com tubarões”.
“Passei a minha vida dentro de água. É um elemento muito importante para mim. Ter a oportunidade de ver estes animais, que vivem nos nossos oceanos, foi algo que sempre quis fazer”
Antes de se atirar ao mar na Cidade do Cabo, Michael Phelps passou pela Escola dos Tubarões as Bahamas, onde lhe foram ensinados truques para poder levar a sua missão a bom porto. Foi aqui, conta-nos, que viveu o momento mais “cool” desses dias. “Eu estava no fundo do oceano, rodeado por umas 15 espécies diferentes de tubarões. Nunca pensei ser capaz de o fazer”, relata, acrescentando que nunca correu perigo de vida. “Não o teria feito de estivesse”, diz-nos.
O seu objetivo passa também por mostrar aos espectadores como devem reagir se se virem frente a frente com um destes animais. “Não interessa a espécie, interessa sim o que podemos e devemos fazer e o que não podemos nem devemos. E, espero, talvez possamos todos aprender mais sobre tubarões. Eles têm má reputação. Queria que, depois de verem o programa, as pessoas entendessem melhor como são e o que fazem no seu meio ambiente”.
“Eles são animais enormes e atingem velocidades incríveis. Vê-los a movimentarem-se, a virarem de direção em frações de segundo, é fascinante. Torna-se claro porque estão no topo da cadeia alimentar dos mares”.
E é precisamente o meio ambiente e a conservação da espécie que mais preocupa Phelps, de 32 anos. “É triste ver que há pessoas em todo o mundo que chegam a pensar que é divertido matar tubarões”.