Não há pressas em completar a remodelação. A posse dos novos secretários de Estado só vai ser marcada depois de o Presidente da República regressar do México
O primeiro-ministro vai enfrentar o plenário da Assembleia da República e o debate do Estado da Nação, amanhã à tarde, sem ter completamente fechada a remodelação de secretários de Estado. Ao que o DN conseguiu confirmar, António Costa não conferiu carácter de urgência a este processo - encontrar nomes para substituir os secretários de Estado demissionários e marcar a cerimónia de posse em Belém - e vai dedicar os próximos dias à gestão de outras crises. A posse dos novos membros do governo, num número exato de entradas e saídas ainda incerto, só está programada para depois de dia 19, quarta-feira da próxima semana, quando Marcelo Rebelo de Sousa regressar a Lisboa no final de uma visita oficial de três dias ao México.
Protocolarmente, ao que garante uma fonte da Presidência, uma cerimónia de posse de secretários de Estado pode ser marcada "de um dia para o outro", mas Costa tem, por agora, outros temas com que se preocupar.
No imediato, já esta tarde, o assunto mais urgente e que vai mobilizar as atenções de António Costa e do ministro da Defesa é a "segurança das instalações militares", com uma reunião alargada na residência oficial do primeiro-ministro. É apenas uma das crises que António Costa tem para gerir depois das suas férias - o assalto aos paióis nacionais de Tancos -, numa altura em que a investigação ainda não produziu resultados palpáveis e num tempo que ainda é de instabilidade e gestão de sensibilidades entre as chefias militares e a relação destas com a tutela de Azeredo Lopes. Antes e depois desse encontro e até amanhã às 14.30, o círculo mais íntimo de decisão e de coordenação política do governo tem uma única missão - a preparação do debate do Estado da Nação.