O líder parlamentar do CDS entende que com o acumular de casos na área da segurança, como as falhas de comunicação no incêndio de Pedrógão, a situação nos serviços de informações e o caso de Tancos, Portugal tem um sério problema de segurança e credibilidade externa.
Para Nuno Magalhães, o primeiro-ministro apenas mantém os ministros da Defesa e da Administração Interna porque "escolheu a lealdade política em detrimento da segurança e da credibilidade do país".
Passaram duas semanas desde o incêndio de Pedrógão Grande, que vitimou 64 pessoas. O que já devia estar esclarecido e que responsabilidades políticas deviam estar assumidas?
Foi uma catástrofe como nunca vimos no nosso país. O que é que o governo faz? Faz perguntas. O governo serve para assumir a sua responsabilidade política e dar respostas. O espetáculo que nós temos visto, da ANPC acusar a GNR, a GNR à ANPC, a Secretaria-Geral do MAI à ANPC, a ANPC à Secretaria-Geral do MAI, o SIRESP a acusar todos, todos a acusarem o SIRESP. É dramático do ponto de vista da autoridade do Estado, põe em causa a própria autoridade da ministra, põe em causa a cadeia de comando e, pior, diria eu, põe em causa a confiança dos portugueses numa área muita sensível como a segurança e a capacidade de resposta para o Estado. No Ministério da Administração Interna a cadeia de comando é essencial, é preciso clarificar quem manda. Por isso tenho dito e repito: exige-se que a senhora ministra seja isso mesmo, seja ministra.