Iniciativas legislativas associam festas de estudantes a maus-tratos de animais e a praxes e querem que deixem de se realizar.
O Bloco de Esquerda e o PAN querem que o governo deixe de dar dinheiro às garraiadas académicas, festas com touros novos, que são habitualmente incluídas nas queimas das fitas, que ocorrem em maio, e que estão associadas às praxes e promovem os maus-tratos de animais.
Segundo o primeiro projeto de resolução entregue pela bancada parlamentar bloquista, recomenda-se ao governo que "o Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ)" - entidade sob a tutela do Ministério da Educação - não forneça qualquer tipo de apoio logístico ou financeiro à promoção, organização ou publicitação de garraiadas académicas". Já o partido Pessoas-Animais-Natureza, num segundo projeto de resolução entregue, pede no seu projeto que o executivo socialista "proíba a utilização de dinheiros públicos para financiamento direto ou indireto de garraiadas académicas".
Para o Bloco de Esquerda, "estes eventos, claramente identificados com a cultura da praxe académica, provocam sofrimento e stress aos animais de forma absolutamente gratuita". A associação das garraiadas às praxes é assumida logo na abertura da exposição dos motivos pelos bloquistas. De acordo com o BE, "as tradicionais festividades estudantis, vulgarmente conhecidas como "Queima das Fitas", organizadas por estruturas representativas dos estudantes e, em alguns casos, também por grupos de praxe" costumam incluir as tais corridas.