O tempo não apaga a dor que Judite Sousa sente e que foi causada pela morte do filho André. A jornalista garante que "só se fosse extraterrestre é que não precisaria" de auxílio médico. Sobre o momento que vive atualmente, a estrela da informação da TVI não tem dúvidas: "Eu procuro viver, sobrevivendo."
"Sinto que sou uma mulher forte. Mas também sinto que qualquer pessoa que se diz forte pode tombar." Estas são declarações que ficam da conversa entre Judite Sousa e Cristina Ferreira. A jornalista da TVI lembrou o filho André Sousa Bessa numa entrevista intimista em que se mostrou tão frágil quanto forte. "Pessoalmente, depois do que me aconteceu já espero muito pouco da vida", lamenta.
A pivô do "Jornal das 8", e que está há quase duas semanas em Paris a acompanhar as eleições francesas, assumiu pela primeira vez ter recorrido a ajuda médica para superar o desgosto com que se deparou, há quase três anos, com a morte do único filho. "Naturalmente. Naturalmente. Só se fosse extraterrestre é que não precisaria. Qualquer ser humano nestas circunstâncias precisa de ajuda médica", desmistifica Judite que, na mesma entrevista, explica que está preparada "para viver dia após dia", embora "sem grandes expectativas". "Eu procuro viver, sobrevivendo", sintetiza.
A jornalista refugiou-se da vida pública nos dois meses seguintes à morte de André Sousa Bessa. Mas nem a dor que sente e que a compara com "uma doença crónica" a impediu de ler "tudo" o que foi escrito sobre si na imprensa portuguesa.
Passados três anos, Judite não esquece a postura de alguns órgãos de comunicação social e aponta-lhes duras críticas. "Eu li sempre tudo. E lamento profundamente que a morte do meu filho tenha sido tão explorada comercialmente. Porque eu sou uma figura pública. Sou escrutinada. Percebo perfeitamente o mundo cor de rosa. (...) Mas uma coisa é andarem "paparazzis" atrás da Judite Sousa. Outra coisa é, semanalmente, publicarem a fotografia da piscina onde o meu filho morreu. Isso não tem nada a ver com o facto de eu ser uma figura pública. O meu filho não era uma figura pública", termina.