Presidente do Parlamento Europeu disse aos socialistas que sacrifícios que portugueses fizeram têm de ser tidos em conta.
"Sabem que costumo ser muito direto: sou contra as sanções a Portugal. É claro e simples." Foi assim, dirigindo-se em inglês aos congressistas socialistas, que Martin Schulz, o presidente do Parlamento Europeu (e militante do SPD alemão), recusou que Portugal possa sofrer sanções por causa do défice excessivo em 2015, ao lembrar que os sacrifícios que os portugueses fizeram têm de ser tidos em conta.
"Sei que o Governo português está a negociar com a Comissão e internamente no país e tenho a certeza que haverá uma solução muito construtiva", apontou, recebendo aplausos dos socialistas.
Esses aplausos repetiram-se depois quando falou daquilo em que se transformou a União Europeia. "Enfrentamos uma situação em que especuladores fazem biliões de lucros e não pagam impostos, mas quando enfrentam perdas os contribuintes têm de pagar por eles, isto não é União Europeia", disse.
Schulz disse que o PS "dá esperança a todos os partidos socialistas na Europa e é do que precisamos na União Europeia", para deixar elogio à ação do Governo português no caso dos refugiados. "Estamos a criar uma crise a que chamamos de crise de migrantes, que é uma crise feita em casa, que nós criámos", criticou.