Conselho de Ministros extraordinário foi marcado para assinalar os primeiros seis meses do executivo socialista, com apoio da maioria parlamentar de esquerda
O Conselho de Ministros extraordinário para assinalar os seis meses do Governo começou hoje cerca de 20 minutos depois da hora prevista devido ao atraso do avião que trazia o primeiro-ministro de Veneza, e sem três dos 17 ministros.
Na mesma sala do Palácio da Ajuda, em Lisboa, onde a 26 de novembro de 2015 os membros do XXI Governo Constitucional tomaram posse, reúne-se hoje o Conselho de Ministros extraordinário marcado especialmente para assinalar os primeiros seis meses do executivo socialista, com apoio da maioria parlamentar de esquerda.
De acordo com o programa, António Costa deveria ter chegado às 16:00 ao Palácio da Ajuda, mas um atraso no voo comercial que o trouxe de Veneza, Itália, fez com que o primeiro-ministro se tivesse juntado ao elenco governativo para a foto de família com cerca de 20 minutos de atraso.
Entre os ministros e secretários de Estado, destaque para a ausência dos tutelares das pastas da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
A foto de família foi tirada antes do início da reunião informal, onde os elementos masculinos do Governo se apresentaram sem gravata e António Costa de calças de ganga e camisola.
No final do Conselho de Ministros extraordinário, o primeiro-ministro fará uma intervenção.
Hoje, numa mensagem da rede social Instagram, António Costa afirmou que os seis meses de Governo foram de cumprimento do compromisso com os cidadãos, com a maioria parlamentar e com a União Europeia, num caminho que "nem sempre foi fácil".
"Têm sido 6 meses a cumprir o nosso compromisso com os cidadãos, com a maioria parlamentar, com a União Europeia", diz uma mensagem de António Costa publicada na rede social Instagram, que surge acompanhada de um 'slideshow', com várias fotos do meio ano de Governo.
"Nem sempre foi fácil, mas já sabíamos que não seria. A cada dificuldade, capacidade de a vencer", assume o chefe de Estado na mesma mensagem.
Em novembro, quando assumiu o compromisso de honra de cumprir "com lealdade" as funções de chefia do XXI Governo Constitucional, António Costa prometeu uma ação moderada do Governo, manifestando confiança na solidariedade da maioria parlamentar que o sustentava.
"Este é o tempo da reunião. Não é de crispação que Portugal carece, mas sim de serenidade. Não é altura de salgar as feridas, mas sim de sará-las", declarou, num apelo à pacificação da vida política nacional, depois da crise política desencadeada pela queda do Governo liderado por Pedro Passos Coelho, através da aprovação de uma moção de rejeição aprovada pelo PS, BE, PCP, PEV e PAN.
Na sua intervenção, o primeiro-ministro defendeu ainda que Portugal não progride "com radicalizações" e prometeu que "a conduta do XXI Governo pautar-se-á pela moderação".