Para o centenário e vinda do Papa Francisco a Fátima, deverá estar concluído um itinerário alternativo para peregrinos a pé
O Santuário de Fátima prevê que 250 mil pessoas participem, entre amanhã e sexta-feira, na peregrinação anual ao tempo mariano, aquela que marca o início das grandes celebrações do último ano antes do centenário das aparições, que vai ser celebrado em 2017 com a presença do Papa Francisco.
Fonte do Santuário de Fátima adiantou ao DN que para dia 13 de maio, sexta-feira, estão inscritos 130 grupos (a pé e de outros meios) de todo o País e do estrangeiro, mas o número total de peregrinos é sempre "incerto". Hoje, os peregrinos que se deslocam a pé são recebidos numa Eucarística de acolhimento, às 18.30, na Basílica da Santíssima Trindade.
Amanhã, as celebrações começam com uma via-sacra da Capelinha das Aparições aos Valinhos, com início às 07.30. Seguem-se várias eucaristias ao longo do dia, nomeadamente a que conta com a participação dos doentes, às 16.30, e que antecede a procissão eucarística no Recinto de Oração. Às 18.30 começa oficialmente a peregrinação com a habitual saudação a Nossa Senhora e aos peregrinos, na Capelinha das Aparições. Do programa de amanhã destaca-se ainda a recitação do rosário, seguindo-se a procissão das velas, às 21.30.
A noite da vigília começa à meia noite com a adoração eucarística na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. A via sacra tem início às 02.00, seguindo-se várias celebrações até às 10.00, momento em que será feita a benção dos doentes e em que decorre a procissão do adeus, um dos pontos altos da peregrinação ao tempo mariano. A celebração de entronização da Imagem Peregrina, às 15.00, marca o fim da peregrinação de 2016.
Nos últimos dias, centenas de voluntários prestaramassistência aos peregrinos a pé, ao longo dos vários percursos. Entre os milhares de fiéis que fazem a peregrinação a pé para o Santuário, há cada vez mais quem opte pelo percurso alternativo, orientado de forma voluntária pela Associação de Amigos de Caminhos de Fátima. Mas o número é ainda bastante residual, quando comparado com a quantidade de crentes que se desloca pelas estradas nacionais. "A maior parte opta pelos caminhos de estrada, que são muito inseguros. Ao mesmo tempo, a pessoa tem de estar sempre preocupada com os carros, não se desliga do mundo", indica o padre Rui Louro, da direção da associação.
São sobretudo os estrangeiros quem mais procura estes caminhos de terra - mais "seguros" e "serenos" - rumo a Fátima e também a Santiago de Compostela. Para 2017, ano do centenário das aparições que deverá contar com a presença do papa Francisco, está prevista a conclusão de um itinerário alternativo de mais de 200 quilómetros, que liga o Porto a Fátima, uma iniciativa que envolve 14 municípios.