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Autor Tópico: Iogurtes e bolachas medem confiança dos portugueses  (Lida 410 vezes)

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Iogurtes e bolachas medem confiança dos portugueses
« em: 26 de Abril de 2016, 11:00 »
Produtos preferidos, como o bacalhau e o azeite, continuaram a chegar à mesa nos anos de crise. Marcas preferidas foram substituídas por outras mais baratas ou em promoção

Em alguns países, como os Estados Unidos, com o seu underwear index ou indicador de roupa interior, a relação dos consumidores com um determinado produto é considerada um indicador fidedigno da sua confiança. Em Portugal, não existe uma referência semelhante. Porém, a avaliar pela experiência dos anos de crise, as bolachas e os iogurtes são bons candidatos. Já os bens que associamos à nossa cultura, nomeadamente alimentares, parecem ter resistido bem.

De acordo com Pedro Pimentel, da Centromarca - Associação Portuguesa de Empresas de produtos de Marca, a "família dos iogurtes" é claramente um bom barómetro do comportamento dos consumidores nacionais nos últimos anos. "Quando chegou a crise, passou-se das gamas de valor acrescentado, como os iogurtes gregos, para as mais básicas. Hoje, há uma retoma", diz, explicando que essa oscilação se prende com o facto de estar em causa "um produto mais de prazer, e menos racional, de consumo. Quando as pessoas têm mais desafogo, não deixam de consumir os básicos, mas voltam também a estes produtos".

O mesmo sucedeu com o consumo de bolachas. Em 2012, no pico da crise, segundo dados divulgados pela Pordata, as vendas baixaram 3,5%. Mas as básicas - como a famosa Maria - até ganharam 0,4%.

Basicamente, os portugueses adaptaram os seus hábitos de consumo, passando a fazer escolhas mais racionais do ponto de vista da despesa. Assim se explica que, por exemplo, o consumo de carne de vaca tenha caído em benefício da carne de porco e aves, que refrigerantes e cerveja tenham sido substituídos por água, que as refeições prontas frescas, adquiridas nas grandes superfícies, tenham perdido terreno para frescos e congelados e que as vendas de automóveis tenham passado dos 18 930 ligeiros de passageiros comercializados, em março de 2011, para os 8004 no mesmo mês de 2013, chegando aos 26 433 no mês passado.

O efeito Pingo Doce

Mas será que este pragmatismo chegou aos produtos em que, além do elemento "prazer", há uma ligação quase emocional? "Na área da charcutaria, mais nossa, quando entramos nas fases de maior crise as pessoas optam pelo básico: fiambre o mais barato possível, e não há presuntos", diz Pedro Pimentel.

De uma forma geral, contudo, "dentro daquilo que é muito nosso, na maior parte dos produtos os retrocessos que tiveram de consumo não foram demasiado notórios". No caso do azeite, ilustrou, "não se sentiu a diminuição". Em parte porque "podemos fazer reduções de valor sem fazer reduções do consumo. Por exemplo, utilizando azeite de uma gama mais baixa em casa. Se calhar, no final do ano usei os mesmos litros de azeite mas paguei menos".

Mas houve também produtos em que os portugueses nem precisaram de fazer estas concessões, como por exemplo o bacalhau. Porque o ajuste foi feito pelas próprias marcas e pelas grandes superfícies: "As pessoas, apesar de tudo, compraram muitas vezes os produto que preferiram porque o volume das promoções foi brutal", conta.

O 1.º de Maio de 2012 - Dia do Trabalhador -, em que a cadeia de super e hipermercados Pingo Doce lançou uma controversa campanha-surpresa com todos os produtos a metade do preço, marcou o início desta nova era de descontos, em que ainda agora continuamos. "Foi início de um ciclo. Esse dia, para o bem e para o mal, com todas as vicissitudes que teve, marcou o início de uma relação com os consumidores completamente diferente daquela que existia até aí", defendeu, ao ponto de, ainda hoje, "o desconto mais habitual serem os 50%".

Mais do que trocas de uns bens alimentares por outros, ou da opção por marcas e gamas mais acessíveis, este foi, segundo Pedro Pimentel, o principal legado que a crise deixou no consumo nacional. "Aparentemente, ficámos "viciados" em descontos. E esse é um hábito do qual não abdicaremos facilmente: toda a gente, na estrutura que está por trás do consumidor, sabe o que tem de fazer. Mas ninguém sabe como", admitiu. "Hoje em dia, temos marcas em que 75% das suas vendas são feitas em promoções", recorda.

Os consumidores, pelo menos, parecem estar a ganhar com a atual situação. Mas, segundo este responsável da Centromarca, não é líquido que sejam os mais vulneráveis os principais beneficiários. "As promoções estão muitas vezes associadas a quantidades maiores do produto. E, geralmente, quem mais beneficia deles são as pessoas que já têm algum poder económico e capacidade de armazenamento, que lhes permitem comprar mais agora para poupar no futuro", concluiu.
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