Assunção Cristas, que foi consagrada presidente do CDS-PP este domingo, anunciou que vai propor "a renovação do apoio a Rui Moreira" nas eleições para a Câmara do Porto, recordando que foi o primeiro partido a estar com o autarca nas últimas autárquicas. Cristas desafiou ainda o PS a debater a reforma da Segurança Social.
Reforçar o partido no poder local foi uma das metas apontadas pela nova líder no encerramento do congresso de Gondomar. O apoio à recandidatura independente Rui Moreira é uma questão que promete abrir polémica, uma vez que os socialistas participam no Executivo camarário e Manuel Pizarro já se posicionou para renovar a aliança.
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Além disso, apelou ao diálogo com a Esquerda, a quem deixou um desafio. "Temos um problema no sistema de pensões, sabemos que ele irá falhar" e é preciso "uma reforma dialogada com os outros partidos". Dito isto, "se o PS recusar, cairá a máscara a António Costa". Mas o desafio para o diálogo não passará apenas pela Segurança Social.
A deputada quer também reformar o regime laboral diferenciado entre privado e público. Cristas defendeu ainda, tal como o JN já noticiou aquando da apresentação da moção, o alargamento da ADSE a todos que queiram aderir, e não apenas para funcionários públicos.
Banco de Portugal
Quanto ao Banco de Portugal, defende a alteração do modelo de designação e o sistema de regulação, mas avisa que não entrará na estratégia da Esquerda. Quer "mudar o sistema de designação" e uma "regulação eficaz e prudente" porque "estamos todos fartos de ver bancos a cair e a regulação a lamentar que não o conseguiu evitar".
"Mas dizer que o modelo tem de ser melhorado, não é criticar pessoas" pois o CDS "não embarca" na estratégia do Governo socialista de "criticar as entidades".