O Tribunal de Aveiro condenou, esta quinta-feira, a penas de prisão efetivas, o sucateiro Manuel Godinho e um vigilante da natureza que tinham sido absolvidos de um crime de corrupção num primeiro julgamento, por falta de provas.
Manuel Godinho, principal arguido do processo Face Oculta, foi condenado a mais dois anos de prisão efetiva, por um crime de corrupção ativa para ato ilícito.
A pena junta-se às duas que o sucateiro de Ovar já tem, na sequência de outros dois processos. Godinho foi condenado a 17 anos e meio de prisão, em setembro de 2014, e a dois anos e meio, no final do ano passado. Continua em liberdade, uma vez que ainda nenhum do casos transitou em julgado, e esteve em Aveiro a assistir à leitura do acórdão.
No caso cujo acórdão foi conhecido esta quinta-feira, o sucateiro foi condenado por ter subornado um funcionário público, da Administração da Região Hidrográfica do Centro, pagando-lhe 2500 euros para evitar uma fiscalização numa quinta onde fazia extração de areias.
No mesmo processo, o tribunal condenou, ainda, o funcionário que Godinho corrompeu, a dois anos e nove meses de prisão efetiva, e a antiga secretária do sucateiro, por ser sua cúmplice, a dez meses de prisão substituída por 1500 euros de multa.