O Sindicato dos Jornalistas acusou, esta quarta-feira, o presidente do Sporting de protagonizar uma "inqualificável campanha de intimidação" contra jornalistas, aconselhando-os a "proceder criminalmente" contra Bruno de Carvalho.
"O presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, tem publicado, nos últimos dias, na sua página na rede social Facebook, infelizes e falsas acusações contra alguns jornalistas, numa inaceitável tentativa de intimidação", pode ler-se, em comunicado publicado na página internet do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Bruno de Carvalho diz que apenas quer defender classe dos jornalistas
O presidente do Sporting publicou um texto em que denuncia a existência de "uma campanha articulada e vergonhosa" visando o Sporting "desde o início da época".
"Uma teia montada para denegrir, manipular e desestabilizar. Alguma 'comunicação social' tem sido totalmente conivente com a mesma. Os mais visados têm sido o treinador e eu. Os autores, na sua grande maioria são assalariados ou simpatizantes do Benfica. Já para não dizer que um deles é dirigente do clube", escreve Bruno de Carvalho, citando nomes de jornalistas que, em seu entender, "estão sempre a atacar" os leões.
No entender do SJ, trata-se de "uma atitude inqualificável" do presidente do Sporting "para com os jornalistas de quem 'não gosta', lesando "o livre exercício da profissão de jornalista, imprescindível em democracia".
"Por ser o futebol um campo de paixões, mas por vezes também terreno de alguma agressividade, entende o Sindicato dos Jornalistas que Bruno de Carvalho está a pôr em risco, por razões óbvias, os visados, identificados pelo nome profissional", acentua o SJ, acrescentando que fará chegar uma exposição sobre o assunto aos ministérios da Cultura e da Administração Interna, bem como à Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, à Liga Portuguesa de Futebol e à Federação Portuguesa de Futebol.
No comunicado, "o SJ aconselha ainda os jornalistas visados a procederem criminalmente contra o presidente do Sporting Clube de Portugal".