Um tribunal de Londres condenou o Estado português a pagar 1800 milhões de euros ao Santander Totta. Em causa os "swaps" anulados pelo Governo de Passos Coelho e Maria Luís Albuquerque.
Os "swaps" referem-se a contratos das empresas de transportes Carris, STCP e Metro de Lisboa e Porto.
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A fatura para os contribuintes desta decisão judicial será de 1,8 mil milhões de euros, diz a TSF. A sentença ainda não é final e é passível de recurso.
Em causa está o processo avançado pelo banco espanhol - que recentemente recebeu do Estado português a parte boa do Banif - pela rescisão unilateral decidida pelo anterior governo de nove contratos "swaps" celebrados entre 2005 e 2007.
O processo diz respeito a nove contratos swap feitos por quatro empresas públicas (Metros de Lisboa e do Porto, Carris e STCP) no valor de 1,2 mil milhões de euros (valor de mercado no final do primeiro semestre de 2015), escreve a TSF.
Quando, em 2013, o Estado os considerou inválidos, deu ordem a estas empresas para que deixassem de pagar ao Santander os juros correspondentes, que, em junho de 2015, ultrapassavam 230 milhões de euros.
Em comunicado, o Banco Santander Totta (BST) refere que o Commercial Court de Londres -- cuja sentença foi hoje conhecida - "além de [lhe] reconhecer total razão, realçou ainda que ficou claro ao longo de todo o processo negocial que o BST aconselhou devidamente as empresas públicas no momento da celebração dos contratos de 'swap'".