Há "Vitórias" que se desejam muito e não se fazem esperar. A filha de Liliana Catarino e Bruno Freire foi uma delas.
A bebé nasceu sexta-feira, pelas 17.40 horas, dentro da viatura dos avós, parada à porta da urgência do hospital de Aveiro. Na altura chovia, estava vento e a temperatura rondava os 10 graus.
A peripécia começou às 16.50 horas. A mãe, uma professora de 38 anos, sentiu a primeira contração e telefonou ao marido, de 39 anos, funcionário numa empresa de moldes. Dois minutos depois, sentiu a segunda contração e chamou à mãe. Os dois acudiram e transportaram Liliana ao hospital, mas mal deu tempo de percorrer os 2,4 quilómetros entre a residência do casal, na Vera Cruz, e o hospital. "Quando íamos perto da Sé já sentia a cabeça a sair", conta Liliana, que já era mãe de Gonçalo, oito anos.
O carro parou à porta da urgência mas quando o pai pediu uma maca já a filha nascia no banco traseiro.
Aniversário no mesmo dia do avô
O técnico de emergência médica dos Bombeiros Novos de Aveiro, Filipe Leitão, aguardava que um doente fosse triado quando ouviu os gritos da parturiente e abriu uma das portas do carro. Ao lado, uma colega dos bombeiros de Ílhavo tentava ajudar. A enfermeira Paula Rocha abriu a outra porta e viu a cabeça da bebé. Entretanto, a equipa de obstetrícia saiu para o exterior.
Formou-se um cordão de segurança para dar espaço à equipa médica e privacidade à mãe. Pouco depois, nascia, no mesmo dia do aniversário do avô Catarino, a pequena Vitória, com 3,57 quilos.