Valdemar Castro, o burlão das notas de 50 euros condenado dez vezes, e procurado pela Justiça, voltou a atacar, sábado à tarde, desta feita no Porto.
Escolheu o restaurante Tilsit, na Rua de S. Dinis, manteve a mesma história, o telemóvel sempre colado ao ouvido mas, de novo, foi traído pelo relato das suas façanhas no JN. "Entrou no restaurante pouco depois das 14 horas, a falar ao telemóvel, e pediu dois pregos em pão. Logo a seguir perguntou se tinha notas de 10 euros para lhe trocar uma de 50. A minha irmã, que estava na cozinha, percebeu logo quem ele era mal o viu com o telemóvel", contou José Pinheiro.
A irmã, Ivânia Basílio, nem chegou a iniciar a preparação dos pregos. "Logo de manhã tinha estado a ler mais uma história dele no JN e quando olhei para ele (a cozinha é aberta) com o telemóvel, soube que o burlão me tinha entrado no restaurante", disse.
Ao balcão, José Pinheiro apercebeu-se de que a irmã estava a retardar a encomenda.
"Ele ao vivo tem mais presença, bem vestido e bem-falante. Pediu-me para trocar a nota, sempre sem largar a carteira, e eu respondi-lhe secamente que não tinha notas de 10. Perguntou, então, se podia arranjar duas de 20 e uma de 10 euros. Eu disse-lhe logo que fosse ao Multibanco. Ele pressentiu que tinha sido descoberto e saiu porta fora. Tenho pena de não ter ido atrás dele", disse José Pinheiro.
O empresário confessa que se o restaurante estivesse cheio talvez o desfecho tivesse sido outro. "Se fosse no sábado passado, era capaz de ter sido burlado".
Mas esta não foi a primeira vez que Valdemar Castro tentou enganar a família de José. Há dois meses, ainda sem o reconhecimento público que tem agora, Valdemar foi à Tasquinha do Tuela, na Rua de Serpa Pinto, propriedade de Emídio Basílio, irmão de José e Ivânia.