O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, apelou, esta sexta-feira, à revogação das normas laborais aprovadas pelo Governo PSD/CDS-PP, entre elas a facilidade no despedimento.
O secretário-geral da CGTP anunciou, esta sexta-feira, o lançamento de uma campanha de sindicalização que permita angariar mais 110 mil trabalhadores, até 2020.
No arranque do 13.º Congresso da Intersindical, no Pavilhão dos Desportos do Feijó, em Almada, Arménio Carlos revelou que, nos últimos quatro anos, apesar da crise económica que varreu o país, a CGTP conseguiu mais 104 mil sindicalizados.
"Este feito, num tempo de cortes salariais, nos direitos e nas retribuições, com uma destruição de centenas de milhares de portos de trabalho, com a precariedade a subir em flecha, com a intensificação das pressões patronais que contou com mais instrumentos para impor o medo e a resignação, como os despedimentos fáceis e baratos, traduz as potencialidades e a vitalidade do projeto sindical que corporizamos", disse o líder da central sindical, perante os 730 congressistas que, sábado, elegerão o novo Conselho Nacional da CGTP.
O objetivo passa por atingir, agora, nos próximos quatro anos, mais 110 mil, através do lançamento de uma campanha de sindicalização. No último congresso, em 2012, a CGTP tinha 614 mil sindicalizados.
Arménio aproveitou a primeira intervenção neste encontro para apelar à "revogação das normas gravosas da legislação laboral para o setor público e privado".
"Depois de impostos nos últimos anos, é imperioso pôr termo às medidas que desequilibram as relações laborais, fragilizaram a prestação de trabalho e contribuíram para que o nosso país esteja hoje mais dependente do exterior menos competitivo", disse, sobre as normais laborais que o Governo de Passos Coelho aplicou, tendo em conta as exigências do memorando da troika - que passava pela flexibilização do mercado laboral.