VIAJANDO EM PENSARES CÚMPLICES DE UM GRANDE SEGREDO
Rasgamos desesperadamente o nosso íntimo Entre as muralhas de vergonha seculares desfraldadas do nosso quarto
Agora que nos despimos somos fofocas das paredes
Já que para elas expusemos a nudez desenvergonhados dos nossos beijos
E já que elas falam, falarão dos beijos trocados neste erótico retracto
E dos muitos segredos nossos contados dentre as quatro
Abrem-se cortinas rotas das nossas vergonhas
Tremem elas mutuamente no nosso estrondoso tesão
E na luz turva dos nossos corrompidos olhares
Vejo rachas no tecto falso, clarifica-se a turves nosso tesão
E enquanto contraem-se os alicerces, masturban-se as paredes
Que já sentem a libertação das nossas peçonhas
E de tanto tesão o chão encamado esta molhado
Os lenções testemunhas do nosso pecado amarotados de prazer
No fogo da nossa paixão que também molha o soalho
Descobrem-se mais segredos, a porta gemi roçando chão
E no teu estrondoso orgasmo expulsa de dentro de ti o sémen na minha ejaculação
Racha-se a vergonha daquele falso tecto dentro das nossas corrompidas almas
Numa agressão muito calma…
Agora nos com as paredes e os tectos
Somos cúmplices de um grande segredo.