A época balnear arranca esta segunda-feira em Cascais e em alguns concelhos do Algarve e, até à data, já houve quatro mortes nas praias e 138 ações de salvamento a banhistas. A falta de nadadores-salvadores está a levar muitos estrangeiros a procurar Portugal para exercer a profissão, mesmo com as queixas de que os exames estão mais difíceis. Este ano, metade dos candidatos reprovou.
De acordo com o Instituto de Socorro a Náufragos (ISN), 51% dos 857 candidatos que, até à data, fizeram exames de aptidão à profissão chumbaram. A percentagem aumentou para cerca do dobro face a 2021, quando chumbaram 27%. Apesar do ISN referir que "o nível de exigência se mantém o mesmo", a Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (Fepons) aponta para "o aumento sem sentido da dificuldade na prova teórica".
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Ao JN, o ISN refere que até 24 de abril "foram certificados 423 nadadores-salvadores de um total de 857 exames específicos de aptidão técnica (EEAT) realizados, ou seja, 51% dos candidatos não obtiveram aproveitamento. Em relação a anos passados, verifica-se um incremento de candidatos que não obtêm aproveitamento: 34% em 2022 e 27% em 2021".