O Governo de Madrid está a mobilizar-se contra as entradas ilegais de gasóleo russo em Espanha através de outros países, entre os quais Marrocos, avançou, esta sexta-feira, o jornal "El Mundo".
A ministra da Transição Ecológica espanhola, Teresa Ribera, anunciou que o Executivo já abriu uma investigação sobre as alegadas compras de gasóleo russo, que são contrárias às sanções europeias impostas à Federação Russa pela invasão da Ucrânia.
De acordo com o CEO da Repsol, o espanhol Josu Jon Imaz, citado pela plataforma de notícias portuguesa "Executive Digest", o gasóleo russo "continua a estar presente no mercado europeu e espanhol", acrescentando que é necessário que as autoridades europeias travem a entrada de combustível com esta proveniência.
Sob esse pretexto, Ribera pretende lançar uma iniciativa para exigir uma resposta a nível europeu para o cumprimento firme das sanções contra o regime liderado por Vladimir Putin.
Segundo fontes do departamento da ministra, o objetivo desta iniciativa é o de "reforçar a rastreabilidade de todas as importações que chegam à União Europeia desde a sua origem".
O modelo proposto por Espanha contra as importações ilegais consiste na elaboração de uma proposta comum que incorpore um certificado de garantia da Comissão Europeia.
De acordo com fontes do Ministério para a Transição Ecológica, citadas pelo jornal "El Mundo", a proposta pretende adquirir o "certificado não só dos portos, mas também das refinarias petrolíferas", acrescentando que "todos os elementos, como volume e data, devem estar verificados, garantindo que "as importações que chegam ao território da UE não estão sujeitas a nenhum dos pacotes de sanções aprovados"