Assembleia plenária começa esta segunda-feira com tema dos abusos na agenda. D. José Ornelas tem mostrado vontade de sair.
Pela primeira vez na história da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), um leigo pode ser eleito como secretário da organização que reúne os bispos portugueses. A revisão dos estatutos da CEP, aprovada pela Santa Sé no final de março, permite que um homem ou uma mulher seja escolhido para ocupar o cargo de secretário do conselho permanente. Estatutariamente, a função pode ser exercida por um bispo, um padre, um consagrado, uma consagrada ou um leigo e tudo indica que na Assembleia Plenária que hoje começa em Fátima os responsáveis máximos pela Igreja decidam escolher um leigo para o cargo.
Da agenda da reunião que começa hoje e acaba quinta-feira fazem parte outras escolhas. Por voto secreto, os bispos vão votar para eleger o presidente da Conferência Episcopal. D. José Ornelas está no cargo há três anos e, por diversas vezes, manifestou vontade em abandonar esta função. O desgaste provocado por um mandato marcado pela pandemia de covid-19 e pela situação dos abusos sexuais na Igreja católica portuguesa estão na base da eventual não recandidatura de José Ornelas.