O presidente da Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, Souto Moura, disse ao JN que, até fevereiro, e desde que foram constituídas, as comissões receberam 36 denúncias visando membros da Igreja. Em breve, haverá novos dados.
"Está a ser feito um novo levantamento e já recebemos respostas de várias comissões, mas ainda não tenho resultados finais. Quanto às 36 queixas, não me espanta que os números sejam baixos porque as pessoas que se queixaram à Comissão Independente já o fizeram e a maior parte dos casos são antigos", justificou o antigo procurador-geral da República, adiantando que as comissões diocesanas de Proteção de Menores já estão a substituir padres por leigos, depois da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter anunciado, no início do mês passado, que não haveria sacerdotes a integrar estas estruturas. Além dos leigos, estas comissões contarão com a ajuda dos "assistentes eclesiásticos, uma figura nova".