O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, afirmou esta quinta-feira, em entrevista ao "ConservativeHome", citada pelo jornal "The Guardian", que a promessa de "parar os barcos" ilegais no Canal da Mancha até às próximas eleições gerais, que devem ser realizadas até janeiro de 2025, "é um problema complicado, em que não existe uma solução única e simples que resolva".
Segundo o "The Guardian", Sunak arrisca-se a ir contra os parlamentares conservadores que querem ver cumprida a promessa do líder do Executivo de pôr fim à travessia ilegal no Canal da Mancha.
Embora o inquilino do número 10 de Downing Street tenha sugerido que um partido conservador mais unido tem facilitado a vida política, o chefe do Governo foi pressionado a estipular um prazo para cumprir o compromisso a que se propôs de "parar os barcos".
Na entrevista ao portal "Conservative Home", o primeiro-ministro afirmou que o Executivo está preparado para contestações legais relativas ao projeto de lei apresentado para facilitar a remoção de qualquer migrante que chegue ao Reino Unido clandestinamente, sublinhando que considera que o documento da lei de imigração ilegal está em conformidade com o Direito Internacional. "Estamos a adotar uma abordagem inovadora que não foi testada, que é ambiciosa", afirmou.
Não obstante, o projeto de lei poderá enfrentar obstáculos semelhantes ao plano de extraditar migrantes para o Ruanda, assumiu Sunak, não deixando de salientar que recentemente houve um julgamento "a favor do Governo".