Um advogado de Donald Trump pediu o adiamento por um mês do julgamento do caso em que o ex-presidente norte-americano é acusado de violação pela jornalista E. Jean Carroll.
A defesa do ex-chefe de Estado alega que o direito do seu cliente a um julgamento justo depende de um período de "arrefecimento", após a sua acusação formal num caso de pagamento de subornos a uma atriz pornográfica, na semana passada.
O julgamento foi marcado para 25 de abril.
Numa carta enviada na terça-feira ao juiz Lewis A. Kaplan, o advogado Joseph Tacopina defendeu o adiamento citando "o recente dilúvio de cobertura prejudicial da imprensa" em torno da acusação formal e do comparecimento de Trump perante um tribunal de Nova Iorque no mês passado.
O ex-presidente ficou a conhecer em 30 de março as 34 acusações criminais que pesam sobre si, relacionadas com alegações de que pagou 130 mil dólares à estrela de filmes pornográficos Stormy Daniels.
O processo civil perante Kaplan foi movido contra Trump em novembro por E. Jean Carroll, uma colunista que diz que o magnata Republicano a violou no final de 1995 ou início de 1996 após um encontro casual nos armazéns Bergdorf Goodman.
Trump negou repetidamente a alegação. Um júri será chamado a decidir se a violação ocorreu e se Trump difamou Carroll com os seus comentários.
Uma lei estadual temporária que entrou em vigor no ano passado permite que vítimas adultas de violações processem os seus agressores, mesmo que os ataques tenham ocorrido há décadas.
A carta de Tacopina a pedir um adiamento no julgamento do processo civil de Carroll seguiu-se a uma ordem do juiz na segunda-feira, que instruiu as partes a notificá-lo até 20 de abril sobre se estarão presentes durante o julgamento no tribunal federal de Manhattan.