A Presidência da Coreia do Sul anunciou, este domingo, que manterá "conversações pertinentes" com os Estados Unidos após a alegada fuga de documentos do Departamento de Defesa norte-americano que apontam para uma possível espionagem em Seul.
Esses documentos, divulgados esta semana por meios de comunicação como o jornal norte-americano "The New York Times" e inicialmente considerados verdadeiros por agentes federais que investigam a alegada fuga, revelam no caso da Coreia do Sul que a Agência Central de Inteligência (CIA) intercetou comunicações do Governo sul-coreano sobre a ajuda à Ucrânia na guerra com a Rússia.
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Essas conversas intercetadas detalhavam "discussões internas sul-coreanas sobre a possível entrega de munição dos EUA à Ucrânia", o que poderia violar "a política de Seul de fornecer assistência letal".
Por esta razão, um porta-voz da Presidência sul-coreana confirmou à agência noticiosa oficial Yonhap a sua intenção de "rever precedentes e outros exemplos de países afetados por este tipo de revelação" para, a partir daí, "agir em conformidade".
O porta-voz explicou ainda que a Coreia do Sul ainda não decidiu se vai fornecer armas à Ucrânia e, por enquanto, mantém a sua política inicial de fornecer única e exclusivamente ajuda humanitária.