Os serviços mínimos podem travar o fecho de escolas mas não vão impedir novas greves de professores, assegura o líder da Federação Nacional de Professores ao JN. As oito organizações que realizam este sábado as manifestações no Porto e em Lisboa, anunciam terça-feira novas ações de luta que terão sido as propostas mais votadas pelos docentes nas escolas durante os "dias D".
"São sempre ações muito eficazes e há greves que não podem ter serviços mínimos", assegura Mário Nogueira. O secretário-geral classificou, aliás, de "extraordinária" a adesão dos docentes às greves regionais de ontem e quinta-feira com muitos agrupamentos a só funcionarem com quem estava a cumprir os serviços mínimos. Sendo que houve docentes que só quebraram a greve durante esses serviços, explicou.
A Fenprof entregou uma intimação e uma ação no Tribunal da Relação de Lisboa contra os serviços mínimos. O colégio arbitral invocou o contexto da greve por tempo indeterminado do S.TO.P. para alegar que as paralisações regionais, de um dia cada, são "mais uma". Nogueira rejeita a extensão dos serviços mínimos pelo "argumento de contexto". E quanto aos "prejuízos irreparáveis causados aos alunos", alegada pelo ministério, irão pedir "provas" desses danos na ação no Tribunal da Relação.