Os líderes dos países do G7 (os mais industrializados do mundo) ameaçaram esta sexta-feira com "consequências severas" os países que continuarem a ajudar a Rússia a contornar as sanções impostas por causa da sua invasão da Ucrânia.
"Pedimos a países terceiros e a outros atores internacionais que procuram contornar ou enfraquecer as nossas medidas para porem fim à sua ajuda material à guerra protagonizada pela Rússia, sob pena de se sujeitarem a consequências severas", declararam os dirigentes do G7, num comunicado aprovado no final de uma reunião virtual, realizada no dia do primeiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
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O grupo dos sete países mais industrializados do mundo é constituído por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia (UE) também esteja representada.
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A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, há exatamente um ano, 8.006 civis mortos e 13.287 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.