O presidente da Associação de Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, enviou uma carta ao ministro da Educação a acusar o Centro de Estudos de Fátima (CEF) de pretender "envolver as crianças refugiadas ucranianas numa ação política", no dia 24 de fevereiro, para "convencer o Governo português a não apoiar o fornecimento de armas à Ucrânia." O diretor executivo do CEF, Manuel Bento, diz ter sido mal interpretado e está disposto a cancelar a atividade cujo objetivo era "apelar à paz".
Sadokha considera "inaceitável" a iniciativa, promovida um ano depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, e acredita que irá "aumentar o trauma psicológico das crianças ucranianas".
Contesta, por isso, a ação do CEF com base no convite que Manuel Bento dirigiu ao embaixador da Ucrânia, em que lamenta que se contabilizem os tanques e os drones a enviar para o conflito, esquecendo os "militares, de ambos os lados da guerra, que morrem todos os dias".