A Siaco, empresa de São João da Madeira de componentes para calçado que, esta segunda-feira, fechou portas deixando cerca de 100 trabalhadores no desemprego, está já formalmente declarada insolvente pelo Tribunal de Oliveira de Azeméis.
A administradora de insolvência deverá passar a desejada documentação para os trabalhadores recorrerem ao fundo de desemprego.
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Na "publicidade da sentença", com data desta terça-feira, o tribunal refere que, na passada segunda-feira, pelas 18.28 horas, "foi proferida sentença de declaração de insolvência do(s) devedor(es)". Está também nomeada uma administradora da insolvência, Maria Clarisse Barros, de Braga.
A administração da Siaco, que se apresentou à insolvência, expôs em tribunal uma lista de empresas na condição de credores, entre os quais uma imobiliária, duas instituições bancárias, EDP e IAPMEI.
Os interessados, entre os quais os trabalhadores, têm 30 dias para reclamar os possíveis créditos.
Confirmada a insolvência, os trabalhadores deverão, agora, ser contactados para reivindicarem possíveis créditos, assim como a atribuição de documentação com a qual possam vir a receber o fundo de desemprego.
A coordenadora do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (SNPIC), Fernanda Moreira, afirmou ter informação que "será o administrador da insolvência a entregar os papéis para os trabalhadores recorrerem ao fundo de desemprego".
Esta era uma das principais reivindicações dos cerca de 100 trabalhadores que, há dois dias, se encontram em frente às instalações da empresa de componentes para calçado.