Um palestiniano morreu vítima de ferimentos sofridos na rusga militar israelita na cidade ocupada da Cisjordânia de Jenin na quinta-feira, elevando para 11 os palestinianos mortos em confrontos nesse dia, que desencadearam um aumento da violência na área.
A vítima mortal foi identificada como Omar Tareq Saadi pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), que afirmou, através de uma declaração, que foi baleado no estômago durante os incidentes de quinta-feira.
Saadi torna-se a décima pessoa a morrer durante a violenta rusga em Jenin, que provocou grandes protestos na área em que outro palestiniano foi morto a tiro pelas forças de segurança israelitas.
A rusga, a mais mortal dos últimos anos e descrita pela ANP como um "massacre", teve como objetivo prender um esquadrão da Jihad Islâmica Palestiniana (PIJ) no campo de refugiados de Jenin, o foco da luta armada palestiniana na Cisjordânia ocupada e o principal foco de violência na área durante o ano passado.
A incursão israelita levou a violentos confrontos armados, que incluíram milícias e baixas civis e deixaram 20 palestinianos feridos.
Na sequência destes incidentes, a ANP anunciou a suspensão da cooperação em matéria de segurança com Israel e as milícias palestinianas na Faixa de Gaza lançaram foguetes em território israelita.
Estas ações violentas seguiram-se a dois dias de violência na área, marcados por um grande ataque palestiniano na sexta-feira a um colonato em Jerusalém Oriental ocupada, que causou a morte de sete civis israelitas.
Mais ataques e tentativas de ataques de palestinianos a israelitas foram noticiados no sábado, enquanto colonos judeus atacaram múltiplas propriedades e veículos palestinianos em diferentes comunidades na Cisjordânia ocupada.
Os episódios recentes vieram aumentar o número de mortos em 2023 para 34 palestinianos e sete israelitas.