O Sindicato de Todos os Professores (STOP) promete, em janeiro, o que considera ser "a maior luta de sempre" pela defesa da escola pública. Entre as medidas está uma marcha a 14 de janeiro, em Lisboa.
"Vamos ser muito mais do que os 25 mil anunciados a 17 de dezembro", anunciou esta terça-feira o coordenador do STOP, André Pestana, no final de um encontro que decorreu no Auditório Central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
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"Estamos a preparar a maior luta e greve de sempre em Portugal. A partir de dia 4 de janeiro vamos alargar a todos os profissionais da educação. Há um grande incentivo na defesa da escola pública pelo pessoal não docente", completa, considerando que a luta pela escola pública não é um combate corporativo. "A escola pública é um desígnio nacional. Todas as profissões são importantes e todas passaram pela escola. Estamos a exigir respeito e justiça por todos os profissionais da educação", acusa.
Sobre a presença de outros sindicatos de professores, o coordenador do STOP afirma querer unidade.
"Temos convidado os outros colegas, infelizmente ainda não tivemos uma resposta positiva, mas não estamos passivamente à espera. Houve uma greve e concentração a 2 de novembro, organizada por outros sindicatos, e estivemos lá. Queremos unidade, com base na decisão democrática dos que estão nas escolas, não com memorandos que não foram sufragados por eles. Isso é um novo paradigma sindical, por isso foi possível a 17 de dezembro termos tido um mar de gente em Lisboa", defende.
Entre as reivindicações do STOP, estão o fim da precariedade, os aumentos salariais ou os acessos ao 5º e 7º escalões da carreira.
André Pestana diz continuar disponível para negociar com o Ministério da Educação, mas garante que as palavras do ministro vão ter resposta. "Não guardo rancores, mas em termos jurídicos haverá uma resposta. Ser chamado de mentiroso não é agradável, mas a
melhor resposta possível foi aquele mar de gente de professores, que mostram que não estão a ser enganados, não são mobilizados por um encantador de serpentes. Estou sempre disponível a negociar, mas não será o André Pestana a assinar sem auscultar democraticamente os colegas", conclui.