Algumas medidas discutidas pelo Governo na reunião desta terça-feira do Conselho de Ministros foram divulgadas, esta terça-feira, por André Ventura. Entre elas está a obrigação de realizar teste para entrar em hotéis e restaurantes na passagem de ano e a imposição de limites no acesso a centros comerciais. As medidas só vão ser confirmadas por António Costa ao final da tarde desta terça-feira.
Sublinhando que são medidas que não estão confirmadas - o primeiro-ministro só as vai anunciar ao final da tarde - Ventura já as criticou. O presidente do Chega disse, ao início da tarde, no Funchal, que o Conselho de Ministros teve "em cima da mesa" a antecipação da semana de contenção de 2 a 9 de janeiro "para 25 ou 26 de dezembro".
Ventura disse ter falado com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e confirmou que o Governo informou os partidos das medidas que estiveram em cima da mesa na reunião do Conselho de Ministros desta manhã. Sem, no entanto, confirmar se foram aprovadas e vão ser anunciadas.
Caso se confirmem, bares e discotecas fecham mais cedo, a partir de 25 ou 26, e o teletrabalho passa a ser obrigatório a partir da mesma data. Da mesma forma, foi discutida a autorização de realização de eventos em restaurantes e hotéis na passagem de ano, mas com entrada restrita a quem apresente teste negativo, mesmo quem já tem o certificado digital.
Segundo Ventura, foi ainda discutida a aplicação de limites de lotação "em alguns eventos, mas sobretudo centros comerciais", o que é "incompreensível" para o líder do Chega, que também não concorda com o fecho de bares e discotecas.
"Serem estes setores penalizados em caso de aumento do número de infeções por covid-19, se estes espaços já exigem teste para a sua entrada, porque é que têm de fechar?", questionou Ventura. O Chega defende que haja "um apoio extraordinário definido" para bares e discotecas caso se avance para o encerramento.